A edição de fevereiro da revista Science publicou os resultados de um estudo que teve a participação do professor Alexandre Hiroaki Kihara, docente do bacharelado em Neurociências na UFABC e pesquisador responsável por financiamentos concedidos pela FAPESP.
A pesquisa revelou indícios do que poderia distinguir o desenvolvimento do cérebro humano e do cérebro neandertal.
A partir da inserção da variante arcaica do gene NOVA1 por meio da técnica de CRISPR/Cas9, uma abordagem que permite a edição genômica, foi possível integrar esta informação genética ao genoma humano. Utilizando células-tronco humanas de pluripotência induzida, o estudo demonstrou especificidades no surgimento de neurônios durante a formação e crescimento de organoides cerebrais (ou minicérebros).
A partir daí, os pesquisadores encontraram diferenças celulares, moleculares e morfológicas entre os organoides, incluindo as sinapses, estruturas responsáveis pela comunicação entre neurônios. O estudo revelou também que os organoides cerebrais dos neandertais e denisovanos (espécies extintas de hominídeos) amadurecem mais depressa do que o do ser humano moderno, formando redes neuronais que geram atividade eletrofisiológica mais variada e complexa.
Para saber mais:
Revista Science: https://science.sciencemag.org/content/371/6530/eaax2537
The Niche: https://ipscell.com/2021/02/dissecting-that-neanderthal-brain-organoids-science-pub/
Revista Planeta: https://www.revistaplaneta.com.br/cerebro-de-neandertal-amadurecia-mais-depressa-que-de-humano-atual/
Redes Sociais